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Foto do escritorVelci Ferreira da Silva

Soneto de morte

Pálido, à luz da lâmpada fraca e fria,

Sobre o leito branco, ele definhava,

Recomendações e desejos suplicava

Prevendo próxima, a morte sombria.


Nos últimos suspiros, o outrora gigante

Suplicava já em estado demente

Cuidem de si e da amada vivente.

Não derramem lágrimas, dizia agonizante


Já não lutava contra o inimigo algoz

Pela tristeza e medo do obscuro

Entregou-se aos céus, sincero e puro.

Era o adeus do final atroz.


Pálido, à luz da lâmpada fraca e fria,

Aos poucos nos meus braços, sua vida expirava

Cerrando os olhos dilatados, sua luz cessava

Ele partia para sua mais longa pescaria.




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